Antonio Francisco & Rosângela Linhares

“Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo. Mas o maior dentre vós será vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mt 23.8-12). Mentoreamos na condição de irmãos e não de donos do rebanho.

Estas palavras de Jesus são claras ao dizerem que a única categoria cabível na igreja é a de irmãos, porque é o que todos somos. Jesus é o nosso Mestre e o nosso Pai espiritual está nos céus. Nenhum de nós recebeu de Deus a prerrogativa de guia da igreja, já que o nosso Guia por excelência é o próprio Jesus. Todo aquele que por alguma razão se sinta maior, mais capacitado, mais experiente, mais espiritual, esse deve ser servo de todos. Não há lugar para exaltação, porque os que assim procedem estão se autopromovendo e serão humilhados pelo próprio Deus, que resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.

Jesus disse: “Um só é vosso Guia, o Cristo”. Jesus é o Ungido, o escolhido de Deus, o Único, o Guia dos que creem no Evangelho. Todos os que vieram antes dele com a presunção de pastorear as ovelhas do bom pastor (Jesus), eram ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. E todos os que vieram depois dele com a mesma atitude devem ser igualmente rejeitados. Jesus disse: “Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor”. Isso quer dizer que aqueles que receberam de Deus a incumbência de apascentar os cordeiros do Senhor, devem fazê-lo por amor a Jesus, fazendo tão somente o que ele já determinou conforme o Evangelho. O que disso passar vem do maligno. Aquele que disse: "Quem quiser, siga-me", não quer que suas ovelhas sejam pastoreadas por tiranos.

O pastoreio, a supervisão, a mentoria, visam oferecer suporte, apoio, orientação, aos que se assumem como igreja segundo o Evangelho e se encontram para adoração, comunhão e reflexão. Não há hierarquia entre os irmãos. Ninguém tem poder sobre ninguém; somos todos irmãos. Existem diferenças de funções (dons), mas isso não autoriza ninguém a dominar sobre outros como tem acontecido nas igrejas em nossos dias. Os crentes têm se tornado reféns de pastores e líderes inescrupulosos que em nome de Deus manipulam pessoas crédulas que não ousam questionar “os ungidos do Senhor”. A verdade está no Evangelho e não em homens e mulheres que se levantam diante do povo para declarar, determinar e darem a última palavra sobre todos os assuntos. “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão”. Apóstolos, bispos, diáconos, pastores, presbíteros, significam funções para servir e não títulos usados para mandar nas pessoas.

A Igreja de Deus é a noiva de Cristo. Ele sabe muito bem cuidar das suas ovelhas e os pastores devem apenas entregar ao povo o que receberam do Senhor. Não há nada novo, nada a inventar, inovar, porque o Evangelho é permanentemente novo para os que nele creem. Tudo já foi revelado, cabendo a todos andar no caminho e na verdade, para que tenham vida. Zelar da fé evangélica conforme a simplicidade de Jesus e não da religião evangélica, é o privilégio e o dever de todo aquele que confessa o nome de Jesus. É maravilhoso saber que todos são ensinados por Deus indistintamente, sem acepção de pessoas. O Espírito Santo unge a todos e fala com todos. Não existe um grupo seleto para Deus. É maravilhoso saber que todos os que andam com Jesus na caminhada da vida possuem unção que vem do Espírito Santo, e todos têm conhecimento da verdade, porque ele é o Espírito da verdade. A unção que recebemos é permanente e não precisa que alguém nos ensine, pois essa unção nos ensina verdadeiramente a respeito de todas as coisas. Assim é na Igreja de Jesus.

Na Comunidade do Caminho não existe um porta-voz de Deus especial, distinto. É bem verdade que temos um pastor que atua como mentor da comunidade, mas isso não significa que apenas ele seja o sacerdote do povo, até porque na igreja todos são sacerdotes. E aqui vale destacar o seguinte: “As pessoas que tratam os líderes como se eles possuíssem uma unção especial são as que correm mais risco de serem enganadas por eles”. Todos têm unção e conhecimento. “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo”. Entender isso faz toda a diferença na vida da comunidade. “O vento sopra onde quer”. Você nunca sabe o que Deus quer fazer, como quer fazer e com quem quer contar para determinada situação. “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz às igrejas".

Entre nós a porta está sempre aberta para quem quiser entrar, ficar, ou sair. Estamos convictos de que há pastagem para todo o rebanho e que os que são de Deus ouvem a palavra de Deus. Não temos lista de membresia, temos pessoas para comunhão. Não temos uma cartilha, temos um guia – O Espírito Santo. Não temos regras a serem seguidas, temos a luz da Palavra que nos ilumina os pés na caminhada. Não temos obrigação de dar dinheiro para a igreja, temos liberdade de contribuir com alegria. Entre nós tudo é lícito, mas nem tudo convêm. Não julgamos uns aos outros porque sabemos que cada um dará contas de si mesmo a Deus. Os que são ensinados por Deus não se desviam para a direita nem para a esquerda porque conhecem o caminho da verdade e o caminho da vida - Jesus.

Antonio Francisco é casado com Rosângela Linhares por mais de trinta anos, é pai de Quézia, Abigail, e Renira. Ele tem uma longa experiência pastoral ao lado de sua esposa desde a adolescência de ambos. Juntos trabalharam dedicadamente na igreja, ensinando aos jovens, em classes bíblicas, anunciando o evangelho em sítios, fazendas, praças, presídios e casas. Em 1982 se casaram e uma semana depois se mudaram para o centro-oeste do Brasil para estudarem teologia em um seminário interno. As palavras do apóstolo Paulo ao rei Agripa podem ser suas: “Não fui desobediente à visão celestial”. Por quase trinta anos o casal tem vivido pela fé na dependência do Senhor que os sustêm, principalmente nestes dias quando o pastor Antonio Francisco não tem salário pastoral e vive somente de ofertas voluntárias. Esse estilo de vida tem lhes proporcionado uma alegria indizível e cheia de boas experiências.

Antonio Francisco foi pastor denominacional, tendo permanecido vinte e um anos na quarta igreja que pastoreou. A vivência pastoral tem lhe ensinado que religião não combina com o Evangelho. Por isso, abandonou a instituição evangélica à qual pertenceu por trinta e dois anos, por entender que ser evangélico hoje em dia é fazer parte de uma religião, ora legalista, ora farisaica, ora moralista, o que não lhe interessa. Em novembro de 2010 fundou a Comunidade do Caminho, não como mais uma instituição religiosa evangélica, mas como um movimento aberto a todos que queiram caminhar com Jesus segundo o Evangelho.

Não temos salário fixo de igreja, mas temos despesas fixas. Sabemos que o dinheiro representa trabalho, esforço, suor e vida aplicada. Por isso mesmo ele não deve ser dado ou gasto aleatoriamente sem que saibamos o destino que ele terá. Se você nos conhece, conhece o nosso ministério, tem lido o conteúdo deste blog e se identifica de alguma forma com o que fazemos, acreditando que estamos engajados na causa mais sublime que se possa imaginar, então, contamos com você. Contribua financeiramente com nossa manutenção. Precisamos nos manter para continuar fazendo o que fazemos com amor e convicção. Contribua com nosso sustento com o valor que você mesmo determinar. Faça seus depósitos ou transferências bancárias para as contas abaixo:

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Antonio Francisco da Silva
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